Abordagem de riscos e oportunidades relacionadas às mudanças climáticas

A abordagem utilizada para promover oportunidades relacionadas às mudanças climáticas tem um impacto direto e indireto que poder ser positivo, mudando a percepção da sociedade em relação à gestão da instituição sobre os temas climáticos e ambientais, ou negativo com possíveis perdas de crédito que impactam diretamente nos resultados esperados pelos acionistas/investidores, de acordo como as ferramentas de controle que podem mitigar a ocorrência de eventos relacionados a mudança climática.

Impacto

Onde acontece?

Público impactado:

  • Acionistas/Investidores
  • Clientes
  • Colaboradores
  • Comunidade/Sociedade
  • Fornecedores e parceiros
  • Governo
  • Meio Ambiente
  • Operações Banrisul

Tipo de impacto:

INDICADORES

Abordagem de riscos e oportunidades relacionadas às mudanças climáticas

O Banco está exposto a risco de transição, ocasionado por eventos associados ao processo de transformação para uma economia de baixo carbono, ou ainda alterações legais e regulatórias, inovações tecnológicas, alterações na oferta ou na demanda de produtos e serviços, percepção desfavorável dos clientes, do mercado financeiro ou da sociedade em geral relacionada às mudanças climáticas.

Outro risco que pode afetar a Instituição é o risco climático físico, que diz respeito à possibilidade de ocorrência de perdas associadas a intempéries frequentes e severas ou a alterações ambientais de longo prazo. Como exemplo desse tipo de risco, há as condições climáticas extremas, como secas, inundações, tempestades, ciclones, geadas e incêndios florestais; e alterações ambientais permanentes, incluindo aumento do nível do mar, escassez de recursos naturais, desertificação e mudança em padrão pluvial ou de temperatura.

A partir do processo de Gestão Integrada de Riscos, além do monitoramento do ambiente regulatório e da percepção dos clientes, a gestão inclui a consulta de informações em listas públicas e a verificação das atividades, produtos e serviços sujeitos à legislação socioambiental. A partir disso, busca assegurar a regularidade em todos os níveis de atuação da Instituição. Em relação às operações, são identificados Riscos SAC (social, ambiental e climático) inerentes ao setor econômico da atividade, com base no código CNAE (Cadastro Nacional de Atividade Econômica).

Os custos para gerenciamento dos riscos climáticos não são apurados de forma individualizada, considerados com os recursos alocados na gestão de riscos da Instituição.

Tipo de emissão 2020 Quantidade (em TCO2e)² 2021 Quantidade (em TCO2e)
Total de emissões diretas (Escopo 1) 639,7 958,9
Total de emissões indiretas (Escopo 2) 2.067,6 4.642,3
Total de outras emissões indiretas (Escopo 3) 31,0 5.054,4
Emissões biogênicas de CO2 6,9 871,9
Outro - HCFC 22 (R22) 2.970,7 3.010,0
Total¹ 5.716,0 14.537,5

¹Do ano base de 2020 para o ano de 2021, houve um aumento na emissão relativa ao consumo de energia devido, principalmente, ao aumento do fator de emissão, já que a crise hídrica gera a  necessidade do uso de energias de fontes que contribuem para os Gases de Efeito Estufa. Em 2021, também houve a inserção das empresas do grupo no Inventário de GEE, acarretando um aumento nas emissões por uma questão de aprimoramento na coleta de informações.
²2020 foi o ano em que o Banrisul elaborou o primeiro inventário de GEE, tendo este como base para seus inventários futuros.

Foram considerados para fins de cálculo de escopo 1, 2 e 3 todos os gases (CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs, SF6 e NF3), de acordo com a metodologia adotada pelo Programa Brasileiro GHG Protocol.

No segundo inventário GEE, elaborado em 2021, foram incluídos os carros alugados no escopo 1, bem como a análise do consumo de energia elétrica de alguns ambientes locados no escopo 2. No escopo 3, em 2020, foi contemplado apenas as viagens aéreas a negócios, e em 2021 foram incluídas as emissões referentes a transporte e distribuição (Upstream), viagens a negócios aéreas e terrestres, além do deslocamento de funcionários (casa-trabalho).

Desde a elaboração do primeiro inventário, em 2020, o Banrisul projetou avanços e melhorias na coleta de dados e em projetos de mitigação de emissões. Para o próximo ciclo, projeta-se iniciar a apuração de emissões na carteira de crédito e em algumas outras categorias de escopo 3, como os resíduos gerados. Além de divulgar oficialmente a meta de redução das emissões até 2030, o Banco planeja aderir a algum framework de gestão das nossas emissões.

Está em andamento o Projeto Energia Renovável com o objetivo de migrar a matriz do Banrisul de consumo de energia para fontes renováveis, com previsão de iniciação em 2022, e, gradativamente, recorrer a uma transição nas agências e prédios administrativos do Banco.